Escola
da rede promove atividades que valorizam leitores, leituras e autores
Entre 17 e 20 de setembro,
sob as lentes da Imprensa Jovem, as letras estão a percorrer os
corredores da Escola Municipal de Ensino
Fundamental CEU Cantos do Amanhecer, forrando paredes inteiras,
distribuindo abraços poéticos, espalhando contações encantadoras, trocando
dedos de prosa, exibindo talentos teatrais, anunciando sentimentos aos quatro
ventos, escrevendo, enfim, uma história “mais bonita do que de Robinson Crusoé”...
Desde o início do terceiro
bimestre, professores e estudantes têm se aventurado em textos literários
diversos, de acordo com o ano escolar, e, na sequência, traçado, em linhas e
imagens, suas produções próprias, quais viram páginas e ilustrações para as
paredes da escola e para as memórias da gente. Em vez da mórbida frieza de sua
cor creme, as vivazes expressões estudantis incendeiam os corredores escolares. Além
de crônicas, poesias, contos, lendas, surgem adaptações para o teatro e para os
quadrinhos, dando outros horizontes às férteis imaginações e aos pulsantes corações
de todos os envolvidos.
Como quem conta um conto e vai
aumentando um ponto, essa narrativa vem ocupando espaços no decorrer do tempo,
cronológico e, por que não?, psicológico, inserindo-se novas personagens, jamais
simples tipos mas sempre complexas. A equipe de Cultura do CEU oferece um
espetáculo e a de Biblioteca uma oficina de poesias... E, não bastassem tais
ações, o clímax se prenuncia com o ingresso de novas protagonistas nessa
história tão bonita.
Um dos maiores poetas do
país, Sérgio Vaz, em uma peripécia, está na abertura do evento, com um
bate-papo sobre Poesia Contra a Violência
na Escola, recitando poesias e debatendo com os adolescentes. Além
dele, outros sete escritores para tornar, nos próximos capítulos, o enredo mais
prazeroso: Marcos Rodrigues, ex-estudante, autor
de Sentimentos embutidos e expostos,
Zé Sarmento, alfabetizado aos 14 anos, autor de oito livros, Márcio
Vidal, poeta e mestre pela USP, Rafa Ireno, escritor e doutorando
pela USP, Camila Tardelli, escritora infantil, autora de Moiara, filha da terra e finalista
do Prêmio Barco a Vapor 2018, Hayara
Alves, que participou de algumas antologias e criadora do Sarau Rap do CEU, e Dona Edite, a diva do Sarau da Cooperifa. (E,
cá entre nós, Milena Rodrigues, que nem deixou os bancos escolares, mas tem
texto publicado...)
Apesar de ter seu
encerramento na próxima quinta, as nove apresentações teatrais, as duas
exposições e o sarau promovidos por estudantes e professores vão dar um
desfecho que, expirada a semana de literatura, será sem fim em nossos corações.
Semana inesquecível.
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